quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

América Latina - CUBA

Por mais polêmico que seja, é inegável que o 1.º de janeiro de 1959 colocou a pequena ilha do Caribe em destaque no cenário político do continente americano. Os protagonistas da experiência socialista na América Latina sem dúvida nenhuma são Fidel Castro e Ernesto "Che" Guevera. Essa duas figuras marcantes da história latinoamericana muitas vezes são colocadas em pontos extremos da opinião pública: heróis ou vilões. Enquetes realizadas por alguns veículos de comunicação apontam ambos com vilões. Mas, o papel desempenhado por ambos a partir da revolução cubana mostra grande simpatia de movimentos sociais pelos revolucionários.
Em quase 50 anos de revolução a política da ilha foi dominado pelo Partido Comunista liderado por Fidel Castro. O regime de político de partido único importado da antiga URSS (União Soviética), com quem estreitou relações durante a Guerra Fria, fato que acabou fazendo com que o governo norte-americano impusse um embargo econômico a ilha. Depois, de mais de 40 anos a frente do Estado cubano, problemas de saúde fazem com que Fidel se afastasse do poder, sendo sucessido pelo seu irmão Raúl Castro, inicialmente de maneira interina e em seguida formalmente, sendo eleito em Assembléia do PC.
Em que pese os atrasos tecnológico e econômico, embora mereçam destaque os avanços na saúde, na educação, nos esportes, fica difícil saber quais seriam as conseqüências de uma abertura econômica na ilha e de uma suspensão do embargo estadunidense a ilha.
A aproximação com o capital internacional, principalmente europeu, fez com que situações de desigualdades sociais se acentuassem em Cuba, principalmente na década de 90, os altos índices de prostituição, a segregação espacial, a partir do estabelecimento de áreas privilegiadas para turismo internacional. Dessa forma, mais do que um regime realmente socialista, o embargo serve ao PC para sustentar seu papel de resistência na América Latina. Entretanto, se houver realmente a extinção das restrições a Cuba, será possível a manutenção do PC no poder? Quais as conseqüências para Cuba com uma transição democrática no país, serão mantidas as conquistas sociais? São questões que se colocam e que merecem alguma reflexão.
Um ótimo texto para conhecer um pouco sobre Cuba, está na wikipédia. Mas, abaixo deixarei algumas referências que poderão ajudar a aprofundar os estudos sobre a ilha, bem como o material do trabalho apresentado pelos alunos do CEFET Campos.











Acima você ve um pouco sobre a bandeira de Cuba e também sobre as características físicas e político administrativa da ilha, clicando nas figuras. Sobre a bandeira de Cuba, pode-se dizer que remonta às guerras independentistas e foi criada por um general da cidade de Cárdenas, provincia de Matanzas, a 19 de maio de 1850. Foi formalmente reconhecida na constituição de 1901. As 3 listas azuis significavam os 3 departamentos em que a ilha estava dividida: Ocidente, central e oriente. As duas riscas brancas representavam a pureza e a justiça dos patriotas libertadores. O triângulo equliátero vermelho simboliza o sangue derramado pelos herois e a estrela solitária, de ponta para cima, representa a união do povo cubano. A geografia física cubana apresenta-se com uma ilha longa e estreita (1200 km desde o Cabo de San António, extremo ocidental, até à Ponta de Maisí, extremo oriental); o largo máximo é de 210km e o mínimo é de 32km. A forma da ilha, orientada de leste para oeste, não permite a existência de rios longos e caudalosos. Entre os mais importantes estão o Cauto, o Toa, o Sagua la Grande, o Zaza e o Canao. Algumas cadeias montanhosas de relativamente pouca elevação, atravessam diversas partes do território da Ilha de Cuba. As mais notáveis são: a Cordilheira de Guaniguanico, no ocidente, a Cordilheira de Guamuhaya, na porção central; o maciço Sagua-Baracoa e a Serra Maestra, no oriente, localizando-se nesta última a maior cota de altitude do país, o Pico Real do Turquino, com 1974m acima do nível do mar. A paisagem é diversa e varia desde o semi-desértico até as florestas tropicais úmidas. A biodiversidade do país é alta e os seus ecossistemas variados estão bem protegidos.

Arquivos dos trabalhos apresentados (texto e slides, respectivamente):





Bibliografia disponível no CEFET Campos:

CASTRO, Fidel. Fidel e a religião: conversas com Frei Betto. 13 ed. São Paulo: Brasiliense, 1986. 381p.
MORAIS, Fernando. A ilha: um reporter brasileiro no país de Fidel Castro. 8ed. São Paulo: Alfa-Omega, 1977. 126p.
VALLADARES, Armando. Contra toda a esperança. 2 ed. São Paulo: Intermundo, 1986. 319p.
VAIL, John J. Fidel Castro. São Paulo: Nova Cultural, 1987. 109p.
ESCOSTEGUY, Jorge. Cuba hoje: 20 anos de revolução. São Paulo: Alfa-Omega, 1978. 177p.
SADER, Emir. A revolução cubana. 5ed. São Paulo: Moderna, 1989. 103p.
HARNECKER, Marta. Cuba: democeacia ou ditadura. São Paulo: Global Gaia, 197-. 307p.
BITTENCOURT, Dilma. Cuba: impressão de um turista. 2 ed. Rio de Janeiro: Revan, 1991. 95p.
GUEVARA, Ernesto. A guerra de guerrilhas. 3 ed. São Paulo: Edições Populares, 1982, 123p.
FURIATI, Cláudia. Fidel Castro: uma biografia consentida. 4 ed. Rio de Janeiro: Revan, 2003. 803p.
SEGRE, Roberto; FORNÉS, Rafael. Arquitetura e urbanismo da Revolução Cubana. São Paulo: Nobel, 1986. 273p.
HERNÁNDEZ, Carmem R. Alfonso. 100 preguntas y respuestas sobre Cuba. 8 ed. Madrid: Pablo de la Torriente, 1999. 139p.
PENTANO FILHO, Rubens. Quem sabe, ensina; quem não sabe, aprende: a educação em Cuba. 2 ed. Campinas, SP: Papirus, 1986. 120p.

Bibliografia sugerida para consulta:

SEGRERA, Francisco Lopez. Cuba cairá? Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. 204p.
PORTELA, Fernando Portela. Cuba. São paulo: Ática, 1999. 40p.
SADER, Eder. Por que Cuba? Rio de Janeiro: Revan, 1992. 126p.
GUELLA, Eloy Oswaldo. A verdade sobre Cuba. São Paulo: Loyola, 1992. 132p.
STANLEY, David. Cuba. Lonely Planet, 2008. 504p.
PERONI, Vera. A campanha de alfabetização em Cuba. Porto Alegre: EdUFRGS, 2006. 106p.
GOTT, Richard. Cuba: uma nova história. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. 463p.
PERICAS, Luiz Bernardo. Che Guevara e o debate econômico em Cuba. São Paulo: Xamã, 2004. 236p.
PAVESE, João. Nervo exposto de Havana a Santiago de Cuba. São Paulo: Terceiro Nome, 2008. 280p.
LATEL, Brian. Cuba sem Fidel: o regime cubano e seu próximo líder. São Paulo: Novo Conceito, 2008. 352p.

Textos disponíveis na ciberespaço:

http://www.amerindia.ufc.br/pdf2/mario.pdf
http://geocities.yahoo.com.br/josemarti_rj/textos/Michael_Moore_Cuba.pdf
http://gladiator.historia.uff.br/nec/textos/text14.pdf
http://www.historia.uff.br/nec/Cuba%20no%20xadrez.htm
http://revistas.ufg.br/index.php/atelie/article/view/3891
http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/238/23801204.pdf
http://www.santiagodantassp.locaweb.com.br/br/arquivos/nucleos/artigos/Marcos2.pdf

http://www.santiagodantassp.locaweb.com.br/br/arquivos/defesas/marcos.pdf
http://www2.uel.br/grupo-pesquisa/gepal/terceirogepal/tadzio.pdf
http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/hegemo/pt/HartDavalos.rtf
http://www.bocc.ubi.pt/pag/santanna-francisco-america-latina.pdf

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