domingo, 23 de outubro de 2011

10% do PIB para a Educação Pública Já!: Manifesto Nacional "Por que aplicar 10% do PIB na educação pública já

10% do PIB para a Educação Pública Já!: Manifesto Nacional "Por que aplicar 10% do PIB na ...: Carta de Lançamento da Campanha Nacional Por que aplicar já 10% do PIB nacional na Educação Pública?

Manifesto Nacional "Por que aplicar

10% do PIB na educação pública?




Carta de Lançamento da Campanha Nacional

Por que aplicar já 10% do PIB nacional 
na Educação Pública?


A educação é um direito fundamental de todas as pessoas. Possibilita maior protagonismo no campo da cultura, da arte, da ciência e da tecnologia, fomenta a imaginação criadora e, por isso, amplia a consciência social comprometida com as transformações sociais em prol de uma sociedade justa e igualitária. Por isso, a luta dos trabalhadores na constituinte buscou assegurá-la como “direito de todos e dever do Estado”.


No entanto, o Estado brasileiro, por expressar os interesses dos ‘donos do poder’, não cumpre sua obrigação Constitucional. O Brasil ostenta nesse início de século XXI, se comparado com outros países, incluindo vizinhos de América Latina, uma situação educacional inaceitável: mais de 14 milhões de analfabetos totais e 29,5 milhões de analfabetos funcionais (PNAD/2009/IBGE) – cerca de um quarto da população – alijada de escolarização mínima. Esses analfabetos são basicamente provenientes de famílias de trabalhadores do campo e da cidade, notadamente negros e demais segmentos hiperexplorados da sociedade. As escolas públicas – da educação básica e superior – estão sucateadas, os trabalhadores da educação sofrem inaceitável arrocho salarial e a assistência estudantil é localizada e pífia.


Há mais de dez anos os setores organizados ligados à educação formularam o Plano Nacional de Educação – Proposta da Sociedade Brasileira (II Congresso Nacional de Educação, II Coned, Belo Horizonte/MG, 1997). Neste Plano, professores, entidades acadêmicas, sindicatos, movimentos sociais, estudantes elaboraram um cuidadoso diagnóstico da situação da educação brasileira, indicando metas concretas para a real universalização do direito de todos à educação, mas, para isso, seria necessário um mínimo de investimento público da ordem de 10% do PIB nacional. Naquele momento o Congresso Nacional aprovou 7% e, mesmo assim, este percentual foi vetado pelo governo de então, veto mantido pelo governo Lula da Silva. Hoje o Brasil aplica menos de 5% do PIB nacional em Educação. Desde então já se passaram 14 anos e a proposta de Plano Nacional de Educação em debate no Congresso Nacional define a meta de atingir 7% do PIB na Educação em … 2020!!!


O argumento do Ministro da Educação, em recente audiência na Câmara dos Deputados, foi o de que não há recursos para avançar mais do que isso. Essa resposta não pode ser aceita. Investir desde já 10% do PIB na educação implicaria em um aumento dos gastos do governo na área em torno de 140 bilhões de reais. O Tribunal de Contas da União acaba de informar que só no ano de 2010 o governo repassou aos grupos empresariais 144 bilhões de reais na forma de isenções e incentivos fiscais. Mais de 40 bilhões estão prometidos para as obras da Copa e Olimpíadas. O Orçamento da União de 2011 prevê 950 bilhões de reais para pagamento de juros e amortização das dívidas externa e interna (apenas entre 1º de janeiro e 17 de junho deste ano já foram gastos pelo governo 364 bilhões de reais para este fim). O problema não é falta de verbas públicas. É preciso rever as prioridades dos gastos estatais em prol dos direitos sociais universais.


Por esta razão estamos propondo a todas as organizações dos trabalhadores, a todos os setores sociais organizados, a todos(as) os(as) interessados(as) em fazer avançar a educação no Brasil, a que somemos força na realização de uma ampla campanha nacional em defesa da aplicação imediata de 10% do PIB nacional na educação pública. Assim poderíamos levar este debate a cada local de trabalho, a cada escola, a cada cidade e comunidade deste país, debater o tema com a população. Nossa proposta é, inclusive, promover um plebiscito popular (poderia ser em novembro deste ano), para que a população possa se posicionar. E dessa forma aumentar a pressão sobre as autoridades a quem cabe decidir sobre esta questão.


Convidamos as entidades e os setores interessados que discutam e definam posição sobre esta proposta. A idéia é que façamos uma reunião de entidades em Brasília (dia 21 de julho, na sede do Andes/SN). A agenda da reunião está aberta à participação de todos para que possamos construir juntos um grande movimento em prol da aplicação de 10% do PIB na educação pública, consensuando os eixos e a metodologia de construção da Campanha.


Junho de 2011.


ASSINAM ESSE MANIFESTO: ABEPSS, ANDES-SN, ANEL, CFESS, COLETIVO VAMOS À LUTA, CSP-CONLUTAS, CSP-CONLUTAS/DF, CSP-CONLUTAS/SP, DCE-UFRJ, DCE-UnB, DCE-UFF, DCE UFRGS, ENECOS, ENESSO, EXNEL, FENED, MST, MTL, MTST/DF, MUST, MOV. MULHERES EM LUTA, OPOSIÇÃO ALTERNATIVA, CSP-CONLUTAS/RN, PRODAMOINHO, SEPE/RJ, SINASEFE, SINDSPREV, SINDREDE/BH, UNIDOS PRÁ LUTAR.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A CONJUNTURA TEM CINCO LETRAS: GREVE!!


Caros companheiros

Quero expressar minha sincera preocupação. Mesmo antes da última assembléia que votou e aprovou a paralisação dos dias 15 e 16 de junho eu já me questionava sobre a atuação do nosso sindicato no que diz respeito a relação com sua base, pois, há 3 anos como servidor do IFF essa era a primeira vez que participava de uma atividade sindical, não por falta de vontade, mas, por que parece-me não há uma política de comunicação eficiente da direção do nosso sindicato. Mesmo na assembléia que antecedeu a paralisação fiquei mais preocupado ainda quando as vésperas de um forte período de enfrentamento com o governo federal viu-se uma reunião em que mais parecia um palanque de oposição a reitoria do IFF do que uma assembléia que encaminharia a luta dos nossos servidores. As cobranças sobre uma possível negativa na divulgação dos dados dos novos servidores por parte da reitoria, no meu ponto de vista, não pode servir de desculpa para um afastamento da direção do SINASEFE da sua base, penso que esse é o momento de nosso sindicato estar mais perto da categoria, de promover uma campanha para filiação de novos servidores, privilegiando o contato direto com a categoria na sua base e dirimindo quaisquer possíveis problemas de comunicação.
Infelizmente, não é isso que tenho visto nesses 3 anos em que estou lotado no Campus Campos Centro do IFF no curso de Geografia, tenho visto um sindicato com quase nenhum contato com sua base. E minha preocupação só faz aumentar quando na ausência de informações consulto o portal de nosso sindicato nacional e vejo que há uma orientação para uma nova paralisação no dia 05 de julho. Entretanto, hoje dia 01/07 não há nenhuma mobilização no sentido de garantir a realização de tal paralisação e ainda descubro pela manhã que não haverá paralisação que Campus Campos Centro do IFF funcionará normalmente na terça. Porque não vamos paralisar? Porque a base não foi consultada sobre a ação do dia 05 de julho? Porque não estamos sendo informados sobre os desdobramentos a nível nacional? Essa são algumas indagações quem tem me inquietado. Em minha longa trajetória nos movimentos sociais nunca vi uma greve sequer ser construída sem uma forte estrutura de comunicação que deve ser construída no contato direto com a base da categoria, mas, parece que nossa seção sindical não tem tido essa mesma compreensão.
Gostaria muito de saber os reais motivos que estão levando à um arrefecimento do movimento dos servidores do IFF, em um momento em que várias categorias ligadas a educação tem se levantado contra governos que desrespeitam a educação pública, gratuita e de qualidade, professores estaduais em vários estados (RS, SC, RJ, etc), servidores técnico-administrativos das UF's já deram início a suas lutas e vários outros setores tem chamado a unidade dos SPF's contra os ataques do Governo Dilma e parece que nada está acontecendo, o papel que deveria estar sendo cumprido pelo nosso sindicato está deixando o movimento sem direção, ao menos aqui em Campos dos Goytacazes. Reafirmo a solicitação de informações e de uma maior presença da nossa seção sindical junto a sua base. Penso que nosso sindicato não deve servir de instrumento desse ou daquele grupo na disputa interna de poder em nossa instituição, penso que nosso sindicato deva ser independente, aliás, como todo movimento social. A CUT e a UNE já nos mostraram qual é o caminho das entidades que submetem sua luta e seus filiados ao interesse de governos e direções, ou seja, o da desmobilização, o da troca de favores, não podemos deixar que isso ocorra também em nosso sindicato, os interesses da categoria sempre deverão estar acima de governos e direções. Por um Sindicato independente que encaminhe a luta dos servidores e que não se transforme em porta da voz da direção ou da reitoria, por um sindicato forte, de luta e construído na base, essa é minha visão de movimento sindical e por isso é preciso que urgentemente a categoria tenha um canal mais efetivo de comunicação com sua direção.
Como diz o site do nosso sindicato nacional: "A CONJUNTURA TEM CINCO LETRAS: GREVE"!!!

As orientações do SINASEFE nacional podem ser obtidas em: http://www.sinasefe.org.br/

Abaixo repasso uma lista de boletins nacionais das categorias em luta.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

     Galaera problemas técnicos no Locale Digital, estou tentando resolver alguns problemas de configuração e hospedagem de flash para poder colocar o layout definitivo aqui no LD. Por favor, espero contar com a paciência e compreensão de todos. Ainda hoje estarei resolvendo esse incoveniente.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O mapa das redes sociais e do Twitter


 
Veja no mapa acima a evolução das redes sociais pelo planeta entre junho 2009 e junho de 2011. É facilmente perceptível a grande expansão do facebook por diversos países do planeta. O fenômeno facebook parece ter apenas um último foco de resistência que a forte presença de usuários do orkut no Brasil. É bem verdade que a Índia engrossava essa resistência até 2009, mas, no gráfico atualizado de 2011 nota-se que também esse país se rendeu a rede idealizada pro Mark Zuckerberg. Um interessante pode ser encontrado no Blog Brasil Acadêmico, onde o autor destaca uma interessante disputa entre o Google e o Facebook e a perda de espaço do primeiro para o segundo. Há o questionamento da derrocada da hiperhegemonia do Google, mas, por outro lado, uma certa censura do facebook, principalmente, a hackers e apoiadores do WikiLeaks. Com relação as redes sociais nota-se que elas seguem aumentando de dezembro de 2010 a junho de 2011, mesmo que tenha havido uma certa estagnação da expansão do facebook ainda existem áreas que não contam com forte presença de redes sociais, e a rede Zuckerberg começou a conquistar os usuários africanos.
   Outra rede que tem ganho bastante espaço, principalmente no Brasil, é o serviço de microblog Twitter. Fortemente utilizados por jovens e adolescentes o twitter tem uma grande participação mundial em número de usuários e no percentual da linguagem falada pelos usuários. Algumas informações mais precisas podem ser encontradas no blog Profissional de Midia Online, abaixo reproduzimos um mapa publicado nesse texto que representa um atual distribuição do uso do twitter em uma escala global.


   O objetivo de post é demonstrar que é possível mapear os avanços das redes sociais pelo espaço físico material e territorial. Esse tipo de planisfério nos ajuda a entender como se dão as disputas de poder entre os grandes tubarões do ciberespaço, assim como anos atrás os bastiões do capitalismo se reinventavam, hoje esse processo se acelera assustadoramente. A disseminação de uma ou outra rede social, mais que ditar tendências reinventa a forma de se reproduzir do capitalismo. Mas, por outro lado, o papel das redes sociais e sua crescente aceitação faz com que se tornem ferramentas altamente úteis para o desenvolvimento cognisivo e intelectual dos usuários que não se limitam a clicar botões apenas e as desbravam com o intuito de tirar o máximo que elas podem oferecer. Apesar do caráter fechado do facebook, principalmente, em termos de censura, penso que a funcionalidade de suas ferramentas são o grande diferencial de outras, principalmente o Orkut, e isso se expressa nas diversas formas de participação que o usuário pode optar para desenvolver, sugerir ou participar, sempre, deixando essa decisão a critério do usuário, um grande trunfo.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Lançamento de Livro em Campos

   Galera a pedido do meu grande amigo Cristiano Pluhar, gaúcho radicado em Campos, venho divulgar o lançamento de seu trabalho "O preconceito estampado". O livro tem a co-autoria de José Victor Nogueira Barreto e foi publicado com o apoio da Prefeitura Municipal de Campos e do Arquivo Público. Pesquisador do Arquivo Público Municipal, o Cristiano é um daqueles achados que devem ser valorizados nas nossas relações pessoais. O conheci quando com minhas bolsistas de Iniciação Científica fomos buscar subsídios para nossas pesquisas lá no Arquivo. É nesse momento o meu primeiro contato com o Cristiano, em um lugar tão bucólico como Tocos fiquei surpreso em encontrar um pesquisador gaúcho, como eu, naquelas paragens, mas, nosso caminhos não se limitariam a esse encontro e a nossas origens, descubro que o mesmo trabalha com minha esposa na escola Laura Vicunha. Nossos caminhos continuariam a se encontrar quando o chamo para participar do III Encontro de Geografia no IFF, no qual também participou seu orientador o prof. Carlos Freitas da UENF. Brilhante participação de ambos. Conheço o trabalho do Cristiano e recomendo a todos pelo seu esforço e disciplina em estudar a história de Campos, muitas vezes negligenciada pelos pesquisadores locais, mas, principalmente, por sua agradável escrita e seu total despreendimento nessa tarefa que se reflete também em sua grande criatividade que podemos identificar em suas poesias. Enfim, "O preconceito estampado" traz a tona, através da análise de documentos jornalísticos e outros, as origens de um problema atual que aflige a sociedade campista, e de certa forma todo norte fluminense, que é a questão do racismo arraigado na elite campista, e que também se evidencia nos setores médio dessa população. Campos, que teve a maior população negra do período escravocrata do Brasil e também a última a reconhecer a abolição da escravidão, guarda um situação de preconceito inexplicável se conhecermos suas origens históricas, e nesse sentido a contribuição do Cristiano é essencial para podermos entendê-la. Abaixo reproduzo-o o texto do autor para a divulgação do seu trabalho que vale a pena ser conhecido e reconhecido.

O preconceito estampado: Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho lança obra sobre a discriminação racial e religiosa, em Campos dos Goytacazes

   Campos dos Goytacazes, primeira metade do século XX: obras modernizadoras idealizadas por Saturnino de Brito; Nilo Peçanha, apoiador das oligarquias, recebe, por conta da morte de Afonso Pena, a Presidência da recente República; sociedade conservadora, valorizadora da elite e carregada de preconceitos econômicos e raciais.
   Nesse período, as diferenças estão, perigosamente, distantes dos aspectos morais impostos por um    Catolicismo estabelecido pelos colonizadores portugueses. O negro, distante do Centro, pois não consome; suas crenças, resquícios culturais de origem, relacionadas à malandragem, atrevimento, exploração e outros tantos termos depreciativos.
   Contudo, a boa sociedade participa.
  Assim, o Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, órgão subordinado a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, através dos pesquisadores Cristiano Pluhar e José Victor Nogueira Barreto, lança a obra O preconceito estampado que salienta, através da vasta coleção de jornais campistas e processos criminais componentes do acervo da instituição, o preconceito racial a partir das crenças religiosas de origem africana. O recorte histórico frisa o período presidido por Getúlio Vargas (1930 – 1945 e 1951 – 1954) que intencionou, teoricamente, a criação de uma identidade nacional respeitadora da formação do povo brasileiro.
   Os principais jornais de Campos dos Goytacazes, nessa época, estamparam reportagens de cunho desrespeitador das diferenças, apresentando claros indícios escravocratas. Assim, a lida intenciona a valorização cultural, bem como o esclarecimento da formação das religiões que carregam resquícios africanos.
   Para aquisição, basta dirigir-se ao Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, localizado na Estrada Sérgio Vianna Barroso, 3060. Campos dos Goytacazes. Contato: (22) 2733-9999. Email: arquivodecampos@arquivodecampos.org.br ou cristianopluhar@hotmail.com e zevictornb@hotmail.com

Cristiano Pluhar – pesquisador do Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Porque devemos lutar!!!


   Esse vídeo sem dúvida é uma aula de que é preciso lutar para colocar os governos de plantão em seu devido lugar. Temos acompanhado estarrecidos os acontecimentos dos primeiros 6 meses de governo Dilma e de governos estaduais, e a impressão é preocupante. Durante a visita "imperial" do presidente estadunidense Barak Obama assistimos a prisão de 13 militantes dos movimentos sociais e do PSTU, simplesmente porque manifestavam-se contra a presença do governante Yankee, resultado: 13 políticos logo no início do governo petista. Vimos deputados de extrema direita manifestarem e incitarem abertamente a homofobia e o racismo em rede nacional e imperar a impunidade. Vimos a polícia paulista indiferente as covardes agressões da segurança do metrô aos estudantes, que reivindicavam a meia-passagem, essa mesma polícia que de forma truculenta e irracional reprimiu a tentativa de realização da "Marcha da Maconha", evento que vem ganhando credibilidade e promovendo um debate livre de tabus em todo território nacional, e que aliás tem ganho apoio de FHC, mas, estranhamente seu colegas de SP, parecem não ter a mesma opinião sobre o assunto. Recentemente vimos a PM capixaba perseguir, espancar e prender estudantes em Vitória, e ainda invadir e ameaçar professores da UFES. No meu Estado, o RJ, assistimos a mais revoltante ação de fascismo de um governo, a covarde prisão de 429 bombeiros que reivindicando melhores salário e condições de trabalho foram covardemente agredidos pela polícia do ditador Sérgio Cabral. Paralelamente ao encrudecimento dos governos de plantão temos visto cada vez mais suas ações em direção à satisfação do grande capital. Porém, uma das peças chaves do governos, Pallocci, caiu e fragilizou o governo. A tentativa de demonstrar força vem da intolerância do poder de polícia. Então, essa é a hora do movimento sindical, estudantil e popular retomar as ruas. Todas as questões que levantei anteriormente, penso, estão estreitamente ligadas ao refluxo dos movimentos que então deixaram espaço para manifestações fascistas de extrema direita e para que os governos pensassem que poderiam calar os trabalhadores na porrada, até aqui em minha cidade, Campos dos Goytacazes, um estudante que estava em um manifestação por mais segurança nos arredores do Instituto Federal Fluminense foi atropelado e agredido de forma ignorante por um reconhecido burguês da cidade. Mas, o vídeo acima nos mostra uma lição, os movimentos sociais estavam em latência, amordaçados por anos de traição de CUT e UNE, mas, agora que todos já sabem de que lado este governo está as massas voltam a tomar as ruas. Nos dias 15 e 16 temos paralisação dos servidores Institutos Federais e Escolas Técnicas, dia 16 ocorre uma marcha unificada de todo funcionalismo federal em Brasília e 17 e 18 ocorre na capital federal plenária que definirá os rumos do movimento que poderá ser unificado. Os servidores das Universidades já entraram em greve desde o dia 06/06 e segunda a FASUBRA, ontem já eram 37 as instituições onde os técnico-administrativos aderiram a greve, professores estaduais em greve no RS, SC e prestes a entrarem no RJ, bombeiros, demais SPF's, enfim, parece que esta é a hora do movimento sindical e popular ressurgir com toda sua força e capacidade de unidade para mostrar aos governos e as entidades que infelizmente traíram a classe e pularam para seu lado que os povo brasileiro sabe lutar!!!

domingo, 5 de junho de 2011

Drogas: muito além da hipocrisia

    Nesses últimos dias muito tem se discutido em torno da polêmica sobre a legalização do uso de drogas no Brasil. Até mesmo um ex-presidente, FHC, resolveu entrar no debate. Sociólogo como é, FHC, talvez devesse levantar seu compromisso acadêmico e social para entrar com tanta voracidade nessa polêmica, mas, preferiu, de maneira oportunista, posar de intelectual liberal e aberto a revisão de seus conceitos e suas posições políticas. No entanto, durante seus 8 anos de governo, o então presidente da República, em nenhum momento pareceu ser esse pensador tão aberto a reflexão e revisão de seus conceitos, ao menos no trato com os movimentos sociais e a classe trabalhadora. A unica mudança em seus paradigmas que se assistiu foi a negação do que já havia defendido e escrito, de maneira menos conservadora, durante a ditadura, e que ao ser cobrado das mesmas, no momento em que encrudecia seu trato com sindicatos e movimentos sociais.
   Desse modo ou FHC é frágil nas suas convicções, ou, então, toma posturas políticas de acordo com a conjuntura, penso, que a segunda hipótese é a mais apropriada para o sociólogo. Digo isso porque ele apareceu em rede nacional, ajudando a divulgar um documentário que defende a legalização do uso da maconha, o que, no Brasil, é assunto bastante polêmico. Aqui, vou identificar e reafirmar a crença na hipótese da falta de convicção. Essa suposta troca de opinião a cerca da legalização das drogas ocorre quase que paralelamente a uma das mais violentas repressões a realização da anual "Marcha da Maconha" em São Paulo, onde a mais de uma década o PSDB de FHC está no poder, ou seja, se está em um partido que reprime com violência um movimento reconhecido em todo país, como pode ter a convicção de que se deve legalizar a maconha? Ou então, como pode ter a convicção de estar no partido certo? Esse é o caráter dúbio da postura de FHC e da direita brasileira que usam essas posturas para confundir o povo brasileiro.
   De qualquer maneira, o que eu quero na verdade divulgar é o excelente artigo, que reproduzo na íntegra logo abaixo. O texto escrito por Henrique Carneiro, professor do departamento de História da USP, membro do conselho editorial da Revista Outubro e militante do PSTU, é a reflexão e a proposição mais lúcida, sensata e esclarecedora de tudo o que já li e ouvi a cerca desse debate. O autor estabelecer uma topologia onde identifica 3 grupos de drogas, faz uma reflexão, substanciada com dados, sobre o papel da indústria farmacêutica e seu monopólio sobre as drogas lícitas que utilizam princípios de plantas que também compõem a produção de drogas ilícitas. Excelente artigo que vale a pena conferir.

DROGAS: muito além da hipocrisia
Como políticas oficiais, proíbem algumas substâncias, mas estimulam o consumo irresponsável de centenas.
Por que é preciso fazer exatamente o contrário.

por HENRIQUE  CARNEIRO

Uma política sobre drogas deve abranger os três circuitos de circulação das substâncias psicoativas existentes na sociedade contemporânea: o das substâncias ilícitas, o das lícitas de uso recreacional e o das lícitas de uso terapêutico.
   A divisão estrita entre estes três campos é recente e sempre vem se alterando. O álcool já foi remédio, tornou-se droga proibida e voltou a ser substância de uso lícito controlado. Outras, como os derivados da Cannabis, que por milênios fizeram parte de inúmeras farmacopéias, foram objeto de uma proscrição oficial no século 20, a ponto de a ONU querer “erradicar” essa planta – assim como outras, tais como a coca e a papoula, produtora de ópio. Hoje, entretanto, a Cannabis tem uso medicinal reconhecido em muitos estados norte-americanos e em outros países.
   Qual a fronteira conceitual estrita que separa essas drogas? LSD, DMT [1] ou MDMA [2] não possuem usos terapêuticos? O que é recreacional e o que é terapêutico? Esse último campo deve estar submetido apenas a monopólios de especialistas ou deve também abranger um amplo uso de técnicas de auto-cura?
Pretendo, neste texto, defender um regime mais “equalizador” em relação aos três tipos de substâncias mencionadas. Ao mesmo tempo que antiproibicionista, ele deve ser mais severo no que diz respeito à interdição da publicidade e à facilidade do acesso. Como “substâncias essenciais” [3] as drogas psicoativas não devem estar ligadas a emprendimentos que estimulem continuamente o consumo na busca dos lucros crescentes que decorrem do interesse privado. Defendo assim, a criação de um “fundo social” constituído com o faturamento de um mercado legalizado e estatizado de produção de drogas psicoativas em geral — tanto as hoje ilícitas como as legais.

* * *
   A indústria farmacêutica, no seu conjunto, concentra alguns dos maiores grupos empresariais do planeta. Hiperconcentrada, hiperlucrativa e em acelerado crescimento nas últimas décadas (faturou 773 bilhões de dólares em 2008 [4] ). Estreitamente vinculada ao setor de produção de sementes transgênicas e agrotóxicos, esta indústria fundiu-se com a de alimentos por meio de várias compras e fusões empresariais. O ramo do tabaco também está imbricado com o setor alimentar e farmacêutico.
   A última ameaça global pandêmica da gripe suína representou um crescimento ainda mais explosivo da indústria farmacêutica que já era um dos mais expansivos e poderosos.
   Assim como ocorre com outros mercados, ele se reveste de uma hipertrofia excessiva nos países centrais e de uma carência enorme nos países periféricos.
   A África tem apenas 1% do mercado farmacêutico, embora tenha epidemias como a da Aids que necessitariam enormemente de medicamentos. Desde o início do século 21, a África do Sul ameaçou desafiar o regime de patentes que impedia a venda barata de produtos monopolizados por grandes laboratórios e começar a produzir genéricos num laboratório indiano. A patente do retroviral stavudine pertence a universidade de Yale (e rende 90% dos royalties dessa universidade, várias centenas de milhões de dólares), mas ela a cedeu em exclusividade para o laboratório Squibb (BMS), que após uma grande disputa ofereceu o medicamento a um preço menor para os africanos, mas sem quebrar o seu monopólio.
   Esse monopólio de patentes como direito de propriedade intelectual representa uma forma de exclusivismo na circulação do conhecimento e é um dos pilares da forma atual de funcionamento do comércio internacional que favorece a acumulação de capital em detrimento dos interesses sociais da maioria da humanidade.
   É possível quebrar monopólios de patentes (cuja duração é de vinte anos), em casos como uma epidemia ou a segurança nacional, mas mesmo na recente pandemia da gripe H1N1 não se colocou em causa a quebra da patente do Tamiflu. Os medicamentos continuam a ser produtos caríssimos e sua obtenção não está incluída nos planos de saúde.
   Sabe-se que ao menos 1/4 de todos os remédios da indústria farmacêutica derivam de saberes fitoterápicos de povos tradicionais, que identificaram a maior parte das plantas medicinais e alimentares5. Os povos do mundo, entretanto, não recebem royalties e nem tampouco nunca lhes ocorreu monopolizar esse saber de forma implacável como faz a indústria farmacêutica.
   Dentre o conjunto dos medicamentos (que totalizam em média cerca de 15% dos orçamentos de saúde nos países centrais), destacam-se os chamados de psicoativos, que são os indicados para os estados de humor, como promoção da alegria e combate à tristeza; para os problemas mentais, como ansiedade ou falta de concentração; para o aumento do desempenho intelectual ou físico; para a tranquilização, sedação e analgesia; para a excitação sexual, etc.
   Existem, portanto, três circuitos de circulação de drogas psicoativas na sociedade. O das substâncias ilícitas compõe um mercado paralelo e clandestino, cujo volume é calculado em torno de 400 bilhões de dólares, alimentado basicamente dos derivados de algumas das plantas mais tradicionais da história da humanidade: a coca, a canábis e a papoula. Cada vez mais cresce também um número de centenas de moléculas sintéticas novas que vêm sendo desenvolvidas nos últimos anos em laboratórios clandestinos. O montante do faturamento e as consequências sociais em geral associadas a essas drogas – como a violência e alto índice de aprisionamento – decorrem não do efeito específico das substâncias, mas, sobretudo, da sua condição de ilegalidade.
   O circuito das substâncias lícitas de uso recreacional, como o tabaco, as bebidas alcoólicas e cafeínicas, é regido pela legalidade, trazendo assim problemas relacionados ao uso abusivo ou excessivo e seus efeitos sociais – mas não uma violência intrínseca. É um mercado poderoso, de grandes multinacionais associadas à indústria da alimentação, mas também conhece micro-produtores domésticos ou artesanais. Todas estas substâncias já foram objeto de perseguição e tentativas de proibição. No caso do álcool, provocaram os problemas ligados à chamada “lei seca” que vigorou de 1920 a 1933 nos Estados Unidos.
   O circuito que mais notável nas últimas décadas, entretanto, foi das substâncias da indústria psicofarmacêutica, chamados de remédios psicolépticos, psicoanalépticos e psicodislépticos. Desenvolvido especialmente a partir do segundo pós-guerra, é o mais rentável e o que mais tem crescido. É o de circulação mais volumosa, com maior número de consumidores e faturamento. Seus grandes fundamentos são o sistema de patentes, o monopólio médico da prescrição, um mercado publicitário dirigido para quem toma a droga, mas também corruptor de quem a ministra (laboratórios que convencem médicos a receitarem os seus produtos). Sua outra contrapartida indispensável é a proibição concomitante do uso de diversas plantas psicoativas de uso tradicional – como a canábis, a papoula e a coca. As funções psicoterapêuticas que estas têm em medicinas tradicionais, passaram a ser substituídas por pílulas farmacêuticas.

* * *
   O mercado das substâncias psicoativas controla os mais eficientes instrumentos na luta contra o sofrimento e a busca da alegria. As drogas – não importa se fluoxetina, álcool ou maconha – oferecem a amenização da dor e a intensificação do prazer. Por isso são usadas. E de fato cumprem a promessa – cada uma com suas limitações e preço. Se existem há milênios, é porque não enganam a humanidade: trazem aquilo que nelas é buscado.
   Num tempo de aumento de tensões e de sofrimentos psíquicos diversos e complexos, estão disponíveis centenas de moléculas puras, para os mais diversos efeitos. A indústria farmacêutica busca ampliar seu monopólio, substituindo usos de plantas tradicionais por fármacos patenteados, e colonizando cada vez mais a vida cotidiana, oferecendo novos “remédios” para as mais diferentes esferas comportamentais.
   O maior número de usuários e dependentes de drogas na sociedade contemporânea são os consumidores de produtos da indústria farmacêutica. As drogas de farmácia também têm usos variados, que podem ser benéficos ou nocivos, equilibrados ou abusivos. Uma parte dos consumidores faz uso abusivo. Cerca de um terço das intoxicações que ocorrem no país, por exemplo, são devidas a drogas da indústria farmacêutica, numa proporção muito maior do que as que ocorrem por causa do uso abusivo de substâncias ilícitas.
   Artigo do jornalista Ruy Castro, na Folha de S.Paulo (28/12/09) [6], lembrou, a propósito da morte da atriz Brittany Murphy, que muitos outros artistas sofreram, assim como ela, assim como ela, do uso excessivo de remédios legais que os levaram a morte. Foram citados Carmem Miranda, Marilyn Monroe, Judy Garland, Elvis Presley e Michael Jakson.
   Só no Brasil, há mais de 32 mil rótulos de medicamentos, com variações de 12 mil substâncias (a OMS considera como realmente necessários 300 itens), vendidos em mais de 54 mil farmácias (uma para cada três mil habitantes, o dobro da recomendação da OMS) [7]
   Uma parte cada vez maior destas drogas são substâncias psicoativas. Entre as principais estão os antidepressivos, as anfetaminas, os benzodiazepínicos, e muitos outros mais. Em 2008 e 2009 o segundo medicamento mais vendido no Brasil foi o benzodiazepínico Rivotril [8].
   A dependência de remédios, uma forma de consumo compulsivo às vezes chamada popularmente de “hipocondria” é uma característica marcante da relação das pessoas com as drogas. Por serem, por vezes, receitadas por um médico, são chamadas de “remédios”, mas o seu resultado é exatamente o mesmo de qualquer outro consumo compulsivo, podendo levar à efeitos daninhos para o organismo e à dependência e tolerância.
   Queixas de mal-estares vagos em pronto-atendimentos são medicadas comumente com benzodiazepínicos, especialmente se as pacientes forem mulheres e donas-de-casa. O uso de moderadores de apetite não só para diminuição de peso, mas como estimulante também se propaga, ao ponto do Brasil ser um dos maiores mercados mundiais.
   Também é comum o uso de certos produtos farmacêuticos para finalidades distintas das indicadas, devido a seus efeitos colaterais. Xaropes para tosse com codeína, remédios para dor de cabeça como Optalidon, medicamentos para mal de Parkinson como Artane ou mesmo de analgésicos são empregados como drogas para combater dores mais psíquicas do que propriamente orgânicas.
   O uso de doses inapropriadas de drogas comuns pode ser extremamente perigoso, é o caso de overdoses da própria aspirina, que um estudo recente de Karen M. Starko apontou poder ser responsável por parte dos mortos na época da epidemia da gripe espanhola, em 1918 [9]. Durante a epidemia da gripe suína, chegou a se proibir a veiculação de publicidade de antifebris, para não haver indução à medicação excessiva, desnecessária e muitas vezes perigosa.
   Muito além do simples e indefinível efeito farmacológico objetivo, todo remédio também é uma representação que se auto-reforça por meio do efeito-placebo inerente à todo medicamento. O que se vende com o mercado de drogas são modos de produção da subjetividade. Assim o fazem os usuários que as inserem em contextos sociais, cerimoniais e até rituais. Também assim o consideram as agências publicitárias que, ao promoverem álcool, tabaco ou remédios, vendem estados de espírito, modelos de felicidade da alma, humor em pílulas. Mais do que venderem, exacerbam, pois, conforme a hipnótica cantilena publicitária, só há requinte com um cigarro na mão, só há festa com cerveja e decotes generosos, só há felicidade plena com o sono, a ansiedade e a tristeza geridos por meio de doses de pílulas ou elixires.
   Por isso os orçamentos administrativos e de marketing das indústrias farmacêuticas são muito maiores que os de pesquisa. Estes sempre são interrompidos após o lançamento do fármaco no mercado, não havendo acompanhamento exaustivo de seus efeitos previstos e colaterais de longo prazo nas populações usuárias. A própria técnica publicitária nasce, desde o final do século XIX, fortemente ligada à venda de medicamentos, tônicos, fortificantes, etc., vendendo estilos de vida mais do que os produtos em si. Até hoje, o setor da venda de drogas (seja álcool, tabaco ou remédios) representa uma das maiores fatias do mercado publicitário internacional e brasileiro.

* * *
   De toda a indústria farmacêutica, o setor das drogas psicoativas é não só uma das mais lucrativas como a que teve influência cultural mais significativa. O que pouco se percebe é que paralelamente à emergência de um proibicionismo de certas drogas ocorreu uma exacerbação na compulsão ao consumo de fármacos industriais (assim como também o de alimentos e outras mercadorias).
   Os anti-psicóticos, soníferos, tranquilizantes, ansiolíticos e anti-depressivos despontaram desde os anos 1950 como carros-chefes não só da indústria, como de estilos de vida. O uso de pílulas tornou-se um hábito considerado normal, não só como suplementos vitamínicos ou fortificantes, mas como reguladores mentais, moduladores psíquicos, capazes de alterar o humor, o sono, a tensão e a motivação.
   Junto a cada um dos novos fármacos se construiu uma entidade nosológica nova, para a qual cada medicamento seria o específico terapêutico. O erro central dessa visão psicofarmacêutica é considerar o sintoma (por exemplo, a depressão) como a doença. Ao invés de oferecer uma interpretação do seu sofrimento e de suas causas, uma “narrativa” que lhe desse sentido, como diz David Healy, passou a se oferecer (vender, melhor dizendo) uma pílula miraculosa. Este médico e professor de Medicina Psicológica fez uma análise da emergência da depressão como um quadro clínico e nosológico desde os anos de 1950 – e da concomitante ascensão dos medicamentos antidepressivos como mercadorias de alta lucratividade numa das indústrias que mais floresceu desde o segundo pós-guerra. O livro em que relatou suas observações, The Antidepressant Era (1997), é obra importante para compreender os múltiplos significados dessa era de novas drogas e novas políticas sobre drogas, que abrangem não apenas o universo médico strito sensu, mas também a vida cotidiana cada vez mais medicalizada e farmacologizada.
   A partir dos anos 1950, a grande inovação – além dos barbitúricos, para sedação – foram remédios contra a depressão, tais como imipramina, lançada em 1957 sob o nome de Tofranil. Veio a seguir a amitriptilina, lançada em 1961. Nem sequer o escândalo da talidomida, lançada como sedativo e tranquilizante, em 1957, e responsável por mais de seis mil casos de má-formação fetal em grávidas que o usaram, desestimulou o crescente mercado do consolo e do apaziguamento psíquico.
   Nos anos 80 e 90 a fluoxetina, sob o nome de Prozac, tornou-se um dos medicamento psicoativos a vender muitos bilhões de dólares e foi o emblema de uma época em que a indústria farmacêutica criava uma nova cultura de dependência de drogas – ao mesmo tempo que se desencadeava uma guerra sem quartel contra algumas drogas ilícitas, muitas delas plantas de usos tradicionais milenares.
   Recentemente, a própria suposta eficácia dos anti-depressivos foi questionada, pois nem todos os estudos realizados são publicados. Mesmo entre os publicados, a diferença entre o efeito dos placebos comparado ao efeito dos fármacos é muito pequena, nos casos majoritários de depressões leves [10].
   Ainda assim, o uso (inclusive infantil) de psicoativos como antidepressivos aumentou vertiginosamente, estendendo-se a um conjunto infinito de condutas a serem supostamente corrigidas pelo medicamento. De enurese noturna até hiperatividade, de insônia a ansiedade, de “pânico social” à “síndrome do pânico”, dentre os tantos novos rótulos que surgem para configurar supostos quadros nosográficos. A OMS profetiza que, em algumas décadas, a depressão será a doença mais incapacitante do mundo, o que por si já é revelador da situação de insustentabilidade que vive o sistema econômico capitalista. Recentemente surgiu até mesmo uma versão veterinária do Prozac para cães.
   O uso de drogas na sociedade cresce sobretudo por meio dos remédios legais, cuja publicidade incita a um consumo fetichizado e hipocondríaco, na busca de panaceias químicas para mal-estares sociais e psicológicos.
   Uma política realmente democrática em relação às drogas psicoativas seria aquela que legalizasse todas, submetendo-as a um mesmo regime, não importa se remédios sintéticos ou derivados de plantas tradicionais. Ao mesmo tempo, tal política deveria ampliar a severidade dos controles, distintos para cada substância. Toda publicidade em veículos de mídia destinados ao público em geral deveria ser proibida. A fiscalização e punição para consumos irresponsáveis – ao volante, por exemplo – de álcool ou outras drogas, deveria ser rígida.
   Outra medida necessária seria a estatização da grande produção e do grande comércio. Ela evitaria que corporações gananciosas dominassem o mercado e garantiria que todos os lucros desse comércio fossem direcionados para fins sociais – inclusive para programas de desabituação para os consumidores problemáticos que necessitassem. Além de uma política em favor dos genéricos e da quebra das patentes farmacêuticas, o Estado deveria garantir a fabricação de todos os fármacos indispensáveis, oferecendo-os ao menor preço possível e aplicando os lucros obtidos no interesse social. Um amplo programa de pesquisa, com financiamento e destinação pública, poderia assim estimular também o desenvolvimento de novos fármacos.
   Tais diretrizes deveriam se aplicar tanto aos remédios fisiológicos quanto aos três grupos de substâncias psicoativas consideradas nestes estudo: as da indústria farmacêutica; as recreativas lícitas, como álcool e tabaco; e as hoje consideradas ilícitas. A legalização da maconha, da cocaína e de todas as drogas, sob controle estatal do grande atacado e produção afastaria o atrativo para o crime organizado, permitiria maior monitoramento dos usos problemáticos e encaminhamento dos necessitados a tratamentos. Financiados pela própria renda gerada na venda legal, seriam oferecidos no serviço público de saúde.
   Por que não criar-se um Fundo Social – resultado não apenas de impostos, mas do controle econômico estatal da grande produção e circulação de drogas, remédios, bebidas e cigarros? O conjunto do faturamento obtido poderia servir para custear o orçamento de Saúde Pública.
   Um leque imenso de iniciativas individuais, familiares, comunitárias e microempresariais poderia ser não só mantido, mas estimulado, no campo do cultivo e da produção dessas substâncias. Produtores de bebidas como vinhos, cervejas ou aguardentes, cultivadores de fumos de qualidade ou canabicultores deveriam ser estimulados com apoio creditício e fiscal.
   O conjunto das drogas legalizadas acabaria com os efeitos nefastos do chamado “narcotráfico”, encerraria a “guerra contra as drogas”, libertaria os prisioneiros dessa guerra: em torno de metade da população carcerária tanto nos EUA como no Brasil. Seria interrompido o crescimento vertiginoso do encarceramento por drogas, principal fonte de lucros para o sistema penal privado norte-americano e mecanismo de repressão social e racial contra os pobres e os afrodescendentes no Brasil. Reduziriam-se os danos sociais dos usos problemáticos de drogas. Seriam potencializados os usos positivos, tanto terapêuticos como recreacionais.
   Os fármacos em geral, e os psicofármacos em particular, oferecem um florescente futuro. Inúmeras novas moléculas poderão ser inventadas, além dos usos diversos que já se podem fazer das substâncias existentes. Isso amplia um repertório que serve a fins terapêuticos, lúdicos, recreacionais, devocionais, de reflexão filosófica, de autoconhecimento e de regulação humoral (os timolépticos). Infelizmente, também pode ser usado de formas autodestrutivas, excessivas, abusivas e descontroladas. Uma cultura da autonomia responsável supõe o uso consciente do potencial de todos os fármacos, que são, como os alimentos, produtos da cultura material que ingerimos para finalidades úteis ao nosso corpo.
   Usar as “tecnologias de si” de forma construtiva significa por um lado acabar com a “guerra contra as drogas” e o proibicionismo demonizante de certas substâncias. Mas, por outro, significa recusar os efeitos alienantes de uma cultura publicitária que faz da saúde um negócio e da necessidade das drogas um mercado oligopólico global.
   Como políticas oficiais proíbem algumas substâncias, mas estimulam consumo irresponsável de centenas. Por que é preciso fazer exatamente o contrário.


Bibliografia:
BALICK, Michael J.; e COX, Paul Alan, Plants, People, and Culture. The Science of Ethnobotany, N. York, Scientifican American Library, 1997.
HEALY, David, The Antidepressant Era, 1997, Harvard University Press, 1997.
IMS HEALTH www.imhshealth.com
MOYNIHAM, Ray; e CASSELS, Alan, “Comerciantes de enfermedades” in Le Monde Diplomatique Ed. Chilena, Santiago, 2006.
RUDGLEY, Richard, Essential substances. A cultural history of intoxicants in society, N. York, Kondansha, 1993.

Notas:
1 Dimetrilptamina, princípio ativo do ayahusca, utilizado nos rituais do Santo Daime. Mais informações na Wikipedia
2 Metilenodioximetanfetamina, também conhecida como ecstasy. Verbete na Wikipedia
3 Expressão adotada por Richard Rudgley para denominar as drogas psicoativas em Essential substances. A cultural history of intoxicants in society (N. York, Kondansha, 1993).
4 Cf. IMS Health, 2009.
5 Michael J. Balick e Paul Alan Cox, Plants, People, and Culture. The Science of Ethnobotany, N. York, Scientifican American Library, 1997,p.25.
6 Ruy Castro, “Vale das bolinhas”, FSP, 28/12/2009, p.2.
7 Jomar Morais, “Viciados em remédios”, Superinteressante, nº 185, fevereiro de 2003, p.44.
8 Segundo IMS Health, o primeiro é uma pílula anticoncepcional.
9 “Aspirina pode ter tido um papel na epidemia de gripe de 1918”, Nicholas Bakalar (New York Times), in Folha de S.Paulo, 13/10/2009.
10 “Effectiveness of antidepressants: an evidence myth constructed from a thousand randomized trials?”, John P. A. Ioannides, in Philosophy, Ethics, and Humanities in Medicine, 3:14, 27 de maio de 2008.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Seminário Mundo Contemporâneo - P2

Meus queridos, desculpem-me o atraso, mas ontem meu dia foi muito cheio e acabei não conseguindo deixar aqui a relação dos capítulos e dos grupos. Nesse sentido, estou então deixando abaixo a relação conforme o prometido.
Grupo 1 - Gecyca, Camila, Leidiana, Laís
Introdução
1. Região e regionalização: a trajetória de um debate
1.1. Região: Conceito polissêmico
1.2. Região: dos primórdios ao período hegemônico

Grupo 2 - Ingrid, Esaú, Rafael, Afonso
1.3. Morte e vida da região
       Morte e vida da região numa perspectiva neopositivista
       Morte e vida da região numa perspectiva marxista

Grupoo 3 - Nathália, Elisabeth, Nathaniel
       Morte e vida da região sob o "globalismo pós-moderno"
      a) o pós-estruturalismo e a ênfase contextual/'local"
      b) perspectivas "neomodernas"

Grupo 4 - André, Larissa, Ítalo, Danielle
1.4. Entre realidade empírica e construção intelectual: a região como fato e como artifício
  a. Abordagens "realistas": a região/regionalização como fato ou evidência empírica
 b. Abordagens analítico-racionalistas e/ou "construtivistas": a região/regionalização como artifício ou construto intelectual
   c. Abordagens normativas: a região como instrumento de ação  

Grupo 5 - Zilanda, Letícia, Michelle, Ralf
2. Por uma outra regionalização: a região como artefato
2.1. Nem apenas "fato", nem simples "artifício": a região como arte-fato
2.2. Das características elementares da regionalização ao esboço de uma nova proposta para a análise regional

Grupo 6 - Fábio, Salvador, Anísio, Manuelle
3. Região numa "constelação" de conceitos: espaço, território e região
3.1. O espaço e o território
3.2. O território e a região
Considerações finais

BOM TRABALHO

terça-feira, 10 de maio de 2011

Referencias Trabalhos sobre Ferrovias

Bom pessoal conforme combinamos estou enviando alguns links de materiais que poderão ajudá-los na elaboração dos trabalhos.
Antes de passá-los, e comentá-los, gostaria de passar algumas instruções, na verdade uma proposição de roteiro para que vocês desenvolvam sua apresentações.
Primeiro: façam um histórico das estradas de ferro na região que lhe coube na divisão dos trabalhos; aborde os motivos que levaram a construção (econômicos, sociais, políticos), o papel que desempenhava a época e como se deu sua expansão ou retração.
Segundo: trace um panorama da atual situação das ferrovias nas sua região, quais são os usos, o papel no escoamento da produção, no transporte de pessoas, o uso turístico; verifique a relação entre a iniciativa privada e participação estatal na manutenção, as concessões privadas, as empresas que operam.
Terceiro: utilize as discussões realizadas em sala para analisar o quadro atual das ferrovias no Brasil, destaque a situação das ferrovias, os usos, os projetos em andamento, as alternativas que podem apontar um futuro, a questão da integração nacional e a relação com a hierarquia de cidades da sua região.
Enfim, essa é uma proposta de roteiro para suas apresentações, no entanto não estão engessadas, podem utilizar sua criatividade para propor de outra maneira. O mais importante é que abusem de imagens e mapas. Bom trabalho!

Links para sites
Site da Agência Nacional de Transportes Terrestres com vários mapas e informações atualizadas, basta procurar nos links internos.
Revista Online com informações econômicas e de infra-estrutura no setor ferroviário e metroviário.
Ministério dos Transportes - Informações sobre o transporte ferroviário, também com mapa
Blog de um cartunista que faz uma releitura das ferrovias brasileiras através de imagens.
Informações históricas sobre as ferrovias
Muitas informações sobre ferrovias da região Norte, Nordeste e Centro-Oeste
Blog que cataloga todas as estações ferroviárias do Brasil, mapas históricos e atuais.
Informações sobre os metrôs brasileiros
Álbum de Fotografias das Ferrovias Brasileiras
Informações sobre a ferrovia Norte-Sul
Informações sobre ferrovias em Tocantins
Informações sobre investimentos no setor ferriovário
http://www.rffsa.gov.br/
Rede Ferroviária Federal S.A.
http://www2.transportes.gov.br/bit/mapas/mapclick/ferro/mapasferro.htm
Mapas de diversas ferrovias

Artigos Acadêmicos
Subsídios à tomada de decisão da escolha da modalidade para o planejamento dos transportes no estado do Paraná

Bibliografia Disponível na Biblioteca do IFF

BRINA, Helvecio Lapertosa, REDE FERROVIARIA FEDERAL (BRASIL). Estradas de ferro. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1979-1982. 2v. : il. 23cm. (Broch.).

TARGINO, Itapuan Bôtto. Preservação do patrimônio ferroviário: as estações de trem da Paraíba. João Pessoa: Idéia, 2001. 107p, il. ISBN Broch.

VIANA, Valterlan França. O trem fora dos trilhos: a ferrovia nos Campos dos Goytacazes. 2005. x, 32,[7] p., il. Orientação de: Linovaldo Miranda Lemos. ISBN (Broch.).

TENCA, Álvaro. Senhores dos trilhos: racionalização, trabalho e tempo livre nas narrativas do curso de ferroviários da antiga paulista. São Paulo: Ed. da UNESP, 2006. 332 p. ISBN (Broch.).

Livros Online

domingo, 8 de maio de 2011

Então vamos ao SUSHI

Bom a galera tava pedindo então aí vão algumas dicas de como fazer o sushi. Antes, vamos ao glossário da culinária japonesa que é bom começarmos a entender para degustar os petiscos. Os termos abaixo tem como fonte a Wikipédia.
NORI: (folha de alga que envolve o sushi) é uma espécie de folha feita a partir de algas marinhas amplamente utilizada em pratos da culinária japonesa. É geralmente de cor esverdeada ou avermelhada dependendo da espécie de alga empregada na fabricação. No Japão ele é geralmente de cor esverdeada. Pode ser usado ao redor dos onigiri e sushi , muito populares no Japão, também muito usado esfarelado, ou cortado em pequenas tiras misturados ou polvilhados por cima da comida.
WASABI:  (pasta verde para temperar o sushi) é um tempero em pasta utilizado na culinária japonesa, feito da planta Wasabia japonica sendo cultivado nos frescos planaltos de Amagi, na península de IzuShizuoka, Hotaka e Nagano. A Wasabia japonica pertence à família das Brassicaceae, e é conhecida também como raiz-forte japonesaou wasábia.
HASHI ou FACHI: (varetas usadas como talher) são as varetas utilizadas como talheres em boa parte dos países do Extremo Oriente, como a China, o Japão, o Vietnã e a CoréiaOs pauzinhos são usualmente feitos de madeira, bambu, marfim ou metal, e modernamente de plástico. O par de pauzinhos é manuseado com a mão direita, entre o dedo polegar e os dedos anelar, médio e indicador, e serve para apanhar pedaços de comida ou empurrá-los diretamente da tigela para a boca. Há uma variante dos hashi japoneses denominada de saibashi (菜箸; o さいばし). Estes são uma versão dos hashi (箸) especificamente adaptada para o uso na cozinha e permitem a manipulação do alimento quente com uma só mão. Têm um comprimento de 30 centímetros ou mais, e são unidos com um cordão nas extremidades onde se lhes pega. A maioria dos saibashi são feitos de bambu, mas para fritar recomenda-se a utilização de Saibashi de metal com os punhos em bambu os quais são chamados de kinzokuseinohashi (金属製の箸, "hashi feitos de metal").
MAKISU: (esteirinha para enrolar) é uma esteira feita com palitos ou tiras de bambu e cordão de algodão que é usada para o preparo de comidas. Em geral é utilizada para o preparo de um tipo sushi chamado de makizushi (巻き寿司), como fôrma para comidas suaves como omeletes e para retirar o excesso de líquido de algumas comidas.
Para conhecer variedades e mais sobre sushi clique aqui.
Bom aqui em Campos/RJ você encontra todos os ingredientes e ferramentas pra fazer seu sushi, especialmente em 2 lugares, Mundo Verde e Hortifrutti. No primeiro você encontra principalmente as peças pra servir e os temperos, no segundo você encontra apenas os temperos, como nori, wasabi, shoyo.  O peixe recomendo o Wal Mart ou peixaria Villamar.
Bom vou postar basicamente três tipos de sushis, fiz apenas os 2 primeiros, mas, logo testarei o terceiro. O fato é que é muito fácil fazer sushi na sua casa, e se tiver amigos pra dividir as despesas, em casa sai muito mais barato. Vou colocar também os preços dos ingredientes necessários.
SU: tempero do arroz.
GOHAN: arroz ou comida.

SUSHI TRADICIONAL (MAKIZUSHI)
Ingredientes
1/2 kg de arroz tipo japonês - vendido a R$8,30 o quilo.
6 folhas de nori - vendido a R$6,99 10 folhas (no meu caso o 1/2 kg de arroz deu 7 folhas)
Wasabi - vendida a R$10,00 (opte pela em pasta, é muito forte, conseqüentemente, rende mais)
1 xícara de cream cheese - R$7,00 (pode ser substituído por maionese, tradicional ou de soja)
Shoyo a gosto - R$ 12,00 garrafa de 750ml (custo benefício melhor, pois, usa-se muita molho shoyo)
75ml de vinagre de arroz - R$8,00 (garrafa de 1l)
50g de açúcar (2 colheres de sopa)
8g de sal (1 colhe de chá)
25ml de sakê de cozinha - R$8,00 (garrafa de 1l)
300g de salmão - R$48,00 (kg do filé do peixe fresco)
alface
Modo de Preparo:
Tempero do Arroz: Coloque em uma panela 75ml de vinagre de arroz (10 colheres de sopa), 50g de açúcar, 8g de sal e 25ml de sakê. Leve ao fogo até ficar transparente e reserve.
Preparo do Arroz: Lave muito bem o arroz com movimentos leves, para não quebrar o arroz, e escorra até que a água rejeitada fique com a aparência transparente. Dica: pode deixar de molho uns 30 minutos antes, não esfregue os grãos com as mãos. Para cada medida de arroz use a mesma de água para cozinhar. NÃO FRITE O ARROZ. Cozinhe o arroz com a mesma medida de água por 10 minutos em fogo alto com a panela tampada. Quando a água começar a ferver, mantenha a panela tampada e baixe o fogo, cozinhando por mais 10 minutos, ou até que a água seque completamente, verifique passando um garfo no fundo. Se estiver seco desligue o fogo e mantenha a panela tampada por mais 10 minutos para que o arroz cozinhe no vapor.
Preparo dos Sushis: é fundamental ao enrolar os sushis um tijela com água ou com vinagre de arroz para lavar as mãos e a lâmina que corta os sushis, isso evita que o arroz grude excessivamente nas mãos e na lâmina. Antes de colocar o nori sobre o makisu é recomendável forrá-la com papel filme para não inutilizá-la muito rápido e evitar algum tipo de contaminação por bactérias. Deixe um espaço livre de um centímetro nas extremidades do makisu, isso permitirá enrolar melhorar. Distribua o arroz sobre o nori deixando um espaço de 3 dedos em uma das extremidades para fechar melhor. Coloque uma tirinha de salmão, uma de alface e cream cheese, mais ou menos no meio do nori, enrole apertando com cuidado para dar um formato uniforme e firme.
Tenha sempre os ingredientes e materiais sempre a mão, faça o arroz antes de qualquer coisa, tempere o arroz ainda quente, arroz frio não pega tempero, deixe sempre o nori em sua embalagem, só tire para enrolar os sushis, o nori exposto muito tempo tende a amolecer. O salmão pode ser substituído por outro peixe ou por outros legumes.

SUSHI URAMAKI CALIFÓRNIA
Ingredientes:
Cream Chesse
Manga
Pepino cortado em tiras
Kani
Alface
Gergilim
Nori
Modo de Preparo: O arroz é o mesmo preparado no sushi anterior. O que muda aqui é que precisaremos de dois makisu. Distribua a camada de arroz por toda extensão da alga (nesse tem que ser dessa forma, pois, o arroz ficará no exterior), polvilhe com gergilim. Agora o detalhe importante, vire o nori para cima usando outro makisu que ficará em contato com o arroz, não esqueça do papel filme, espalhe o cream cheese sobre o nori, coloque um tirinha de alface, de manga, de kani e enrole o sushi com o auxílio do makisu.

SUSHI HOT PHILADELPHIA
Ingredientes da Massa:
1 xícara de cerveja
8 colheres de sopa de farinha de trigo
2 ovos
1 colher de chá de sal
Modo de Preparo: o único diferencial desse tipo de sushi do primeiro que apresentei aqui é que ele deve ser envolvido em um massa para ser frito em óleo até dourar, mas, aqui utilize apenas o salmão e o cream cheese para rechear.

Abaixo coloco algumas fotos do processo e do resultado, acredito que esteticamente ficou muito bom, mas, pode melhorar, sem pratica acabei colocando muito arroz nos primeiros, tem que maneirar, na hora de enrolar tem que ter paciência. De toda forma atesto o sabor ficou divino e está quase que todo segredo situado no tempero do arroz, se acertar o arroz dificilmente o sushi sairá errado, então, siga as digas do preparo do arroz e do seu tempero, outra coisa, é possível usar a criatividade para rechear os sushis, usando legumes, frutas, peixes e até ovo, mas, não tente inventar muito pra não descaracterizar o prato. Se for tentar seus dotes culinários: BOA SORTE!!!!